
Datas internacionais comemoram e pactuam o compromisso, também internacional. No dia 25 de novembro, é um dia que mundialmente se celebra o Dia internacional para a eliminação da violência contra as mulheres. O dia tem por objetivo reforçar o alerta para toda a sociedade contra as violências sofridas pelas mulheres ao redor do planeta (seja violência doméstica, violência psicológica, física, entre outras). A data marca o compromisso das nações com a conscientização e combate à violência.
Eliminar as violências exige uma transformação completa dos comportamentos que permitem e favorecem essas práticas, e para extinguir a manifestação dessas ações, precisamos trabalhar na raiz do problema. Quando o comportamento violento e as desigualdades entre homens e mulheres são estimuladas, ou se quer reconhecidas, estamos permitindo a manutenção das práticas de violência. De acordo com o Instituto Maria da Penha, são 5 os tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher, que são reconhecidos pela Lei Maria da Penha: violência física, psicológica, moral, sexual e patrimonial.

Durante a pandemia de covid-19, uma em cada quatro mulheres foi vítima de algum tipo de violência, de acordo com o levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Isso indica, portanto, que as violências aumentaram nos lares brasileiros. Esse dado evidencia que no Brasil, a batalha contra a violência é gigantesca e tarefa de todos, sobretudo dos órgãos jurídicos e estatais.
Para nós, Operação Resgate, o combate às violências deve vir desde a educação primária. Nossos meninos e meninas aprendem a respeitar uns aos outros e a compreender e lutar por equidade de gênero. Em todas nossas atividades deixamos exato o nosso posicionamento, afim de que a educação inclusiva, feminista e pedagógica seja parte de todos os nossos espaços. Sabemos que a educação é instrumento que irradia para o todo: se nossas crianças são educadas, conseguimos fazer com que essa educação chegue aos lares (contando com o nosso apoio e compromisso com as demais mulheres e mães). É também compromisso nosso fazer com que a compreensão sobre o que são as violências supere nossos lares e nossas famílias, por isso intensificamos os momentos de debates com as mulheres do bairro, para que possamos refletir sobre como identificar e denunciar. E para os homens, a educação é no sentido de identificar comportamentos violentos, refletir e orientar.
Sabemos que a transformação dessa realidade violenta com as mulheres (que está enraizada no Brasil), não só é um desafio como é, também, um COMPROMISSO! Nossas mulheres merecem a liberdade, carinho, afeto, respeito e igualdade de oportunidade. Por isso reafirmamos que seguiremos combatendo as manifestações do machismo e caminharemos em direção à equidade!
Bianca Liege