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HÁBITOS E CUIDADOS NA INFANCIA

Foto do escritor: Operação Resgate BrasilOperação Resgate Brasil

A forma com que a gente organiza os hábitos e constrói nossa rotina impacta diretamente na qualidade de vida e no nosso bem estar. Na infância, a construção dos valores, dos deveres e do que fazer perpassar por uma educação assertiva e guiada, em que adultos e principalmente educadores podem ser exemplos. Uma abordagem educativa que combina disciplina, carinho e orientação clara ajuda as crianças a desenvolverem uma compreensão sólida das ações que promovem saúde, segurança e felicidade. 


A fase da infância e adolescência são cruciais para construir o que vai sustentar a forma de ser de todas as próximas fases da vida. Ao cultivar bons hábitos desde cedo, criamos uma base que sustenta o desenvolvimento integral e contribui para a formação de adultos mais conscientes e preparados para enfrentar os desafios da vida.


A ciência por trás da formação dos hábitos ajuda a desenvolver e transformar comportamentos. De acordo com o Portal Ammê, “a formação de hábitos é um processo natural que nos permite realizar tarefas repetitivas de forma automática, sem a necessidade de um esforço consciente. O ciclo do hábito consiste em três etapas: 1) sinal:  um estímulo que desencadeia o comportamento habitual; 2) rotina: o comportamento habitual em si; 3) recompensa: a consequência positiva que reforça o comportamento habitual. Para criar um novo hábito, é fundamental focar na recompensa. Ao associar o novo comportamento a algo prazeroso, o cérebro é mais propenso a repetir a ação no futuro”.


Na educação formal, a formação sobre comportamentos é parte importante do processo pedagógico. Hábitos como higiene e cuidado pessoal estão entre esses que fazem parte da educação. Quando as crianças são orientadas sobre a importância da higiene pessoal, alimentação saudável, atividade física e respeito ao meio ambiente, por exemplo, elas crescem com uma base sólida para um estilo de vida equilibrado e consciente. 


Na Operação Resgate, além de inserir esses ensinamentos nos espaços comuns de

formação, criamos momentos especiais com as nossas crianças. Um desses momentos foi realizado por estudantes de odontologia da Universidade Federal de Campina Grande. Durante as atividades, os estudantes explicaram como deve ser feita a higiene bucal correta. Explicaram como passar fio dental, como fazer a escovação e como fazer gargarejo, para as crianças. Além disso, os estudantes trouxeram maquetes e objetos para explicar de forma ilustrativa para as crianças.

Essa parceria com estudantes universitários permite com que nossas crianças aprendam a partir do conhecimentos repassados por esses futuros profissionais e conheçam áreas do conhecimento e de trabalho. É uma forma de educar e inspirar para o futuro.


No Brasil, existe um desafio gigante que é o de incorporar hábitos preventivos com relação à saúde, de maneira geral. Esse desafio também repercute na saúde bucal. De acordo com o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP, nos últimos anos “a saúde bucal dos brasileiros sofreu impactos, como apontou a pesquisa realizada recentemente pelo Instituto de Pesquisas A Tribuna (IPAT), com apoio do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) [...] dados coletados pelo Ministério da Saúde, obtidos em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelaram que mais da metade (55%) dos brasileiros não vão ao Cirurgião-Dentista uma vez por ano, conforme o recomendado.


O hábito de cuidado e de acompanhamento da saúde deve começar a ser ensinado ainda nos primeiros anos da infância. No entanto, o exemplo é fundamental para que o comportamento fixe e perdure. No Brasil, a maior parte da população só tem acesso ao cirurgião-dentista através do sistema público de saúde. E, ainda que a proposta do Sistema Único de Saúde seja o de atuar de forma contínua e preventiva, ainda falta uma compreensão coletiva acerca da saúde na rotina. Muitos de nós só acessam uma unidade de saúde em casos de precisão ou de urgência.  


Queremos que nossas crianças pensem diferente e que tenham consciência de que cuidar da saúde melhora a qualidade de vida. Por isso, implementamos momentos de cuidado e de educação para o cuidado. Nossas crianças merecem crescer com a consciência de que a saúde é um direito e que podemos lutar por ela.

Nosso agradecimento aos estudantes e futuros profissionais da área da saúde bucal, da UFCG. Que essa parceria perdure e consiga avançar para várias outras áreas, para que as crianças possam ter acesso a mais formações de qualidade.


Texto Bianca Liege - Fotos Diana Costa

 
 
 

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